Privatizar a Eletrobras é uma necessidade
Conteúdos - 08/02/2019
Research
O modelo que está sendo usado para a privatização da Eletrobras está sendo analisado pelo governo Bolsonaro.
Segundo Wilson Ferreira Júnior, presidente da estatal, para manter a empresa competitiva, ela deve se capitalizar. O objetivo da capitalização é aumentar a capacidade de investimento. A companhia deve ter como aumentar sua competitividade para participar da expansão do sistema elétrico.
Ferreira ainda está negociando com o novo ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, e ainda não se definiu se a atual gestão vai aproveitar o Projeto de Lei encaminhado pelo último governo Temer.
O modelo defendido pelo executivo prevê a diluição do capital da União na Eletrobras. O governo manteria a golden share, e a concentração de voto dos demais acionistas seria limitada. Além disso, partilhariam-se de forma homogênea os recursos advindos da capitalização entre investidores, governo e consumidores de energia.
A ideia é que a estatal volte a investir em energias renováveis, comercialização de energia no mercado livre e em “projetos binacionais”.
Ferreira é presidente da Eletrobras desde julho de 2016, tendo sido nomeado durante o governo Temer. Ele promoveu uma forte reestruturação na empresa, reduzindo o número de funcionários e vendendo as distribuidoras de energia que restavam na estatal.
Sua escolha pelo novo governo para continuar no cargo foi tomada como um sinal positivo pelo mercado. Um sinal de que o atual governo é a favor da privatização da empresa.
Ainda deve haver uma nova redução do número de funcionários e serão vendidos alguns ativos que não foram leiloados no ano passado. Também devem ser concluídas grandes obras importantes, como usinas eólicas e térmicas em construção.
Segundo Ferreira, a perspectiva é de criar valor. A forma como a companhia operou no passado cobrou um preço elevadíssimo. Se a empresa perdeu dinheiro, quem mais perdeu foram os brasileiros.