O Papel da Comercializadora Varejista na Abertura do MLE
Mercado Livre de Energia - 22/10/2024
Prime Energy
Com a expansão do Mercado Livre de Energia em 2024, o modelo de comercializadora varejista ganhou destaque, facilitando a entrada de consumidores médios no setor. Em resumo, as comercializadoras varejistas funcionam como agentes intermediários, simplificando a gestão dos contratos de energia para os consumidores e cumprindo os requisitos determinados pela CCEE para a representação.
O que mudou com a abertura do Mercado Livre de Energia?
A partir de 1º de janeiro de 2024, a Portaria nº 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME) trouxe atualizações importantes para a migração ao Mercado Livre de Energia. Agora, qualquer unidade consumidora pertencente ao Grupo A, que compreende consumidores conectados à alta tensão, poderá migrar, independentemente da demanda mínima de 500 kW que anteriormente era exigida. Além disso, consumidores com menor consumo, como aqueles com faturas a partir de R$ 10 mil, também se tornam elegíveis, desde que representados por agentes varejistas, como a Prime Energy.
Com mais de 10 anos de experiência no mercado, a Prime Energy é a fornecedora de soluções Shell Energy para consumidores empresariais de energia no Brasil, incluindo soluções voltadas para a migração para o Mercado Livre de Energia.
Os requisitos principais para a migração envolvem a adequação técnica do sistema de medição, a formalização de uma carta denúncia junto à distribuidora atual, e a contratação de um fornecedor de energia dentro do Ambiente de Contratação Livre (ACL).
Quais são os consumidores deste mercado?
A distinção entre clientes especiais e clientes livres, que anteriormente refletia diferentes níveis de acesso e condições de negociação no mercado, está sendo progressivamente substituída por uma abordagem mais unificada e simplificada. Assim, atualmente, podemos apontar duas categorias de consumidores:
- Consumidores Atacadistas: grandes consumidores de energia que compram eletricidade diretamente no MLE, geralmente em contratos de longo prazo e em volumes significativos. Obrigatoriamente, o consumidor atacadista deve ser agente na CCEE.
- Consumidores Varejistas: Unidades consumidoras que possuem demanda abaixo de 500 kW e que devem ser obrigatoriamente representadas por uma comercializadora varejista.
Os limites das cargas foram alterados* conforme abaixo:
- A partir de 01/01/2021, os consumidores com carga igual ou superior a 1.500kW e qualquer nível de tensão;
- A partir de 01/01/2022, os consumidores com carga igual ou superior a 1.000kW e qualquer nível de tensão;
- A partir de 01/01/2023, os consumidores com carga igual ou superior a 500 kW e qualquer nível de tensão;
- A partir de 01/01/2024, qualquer consumidor do grupo A pode migrar.
* Os limites inferiores indicam qual a carga que as unidades precisam ter para serem consumidores livre. No caso dos consumidores especiais, o requisito se estabelece de 500kW até o limite inferior.
O importante papel das comercializadoras varejistas no mercado de energia brasileiro é resultado da nova fase de abertura do mercado iniciada em janeiro de 2024, que permite a migração de cerca de 165 mil consumidores de média e alta tensão, muitos dos quais se beneficiam do modelo varejista. Até o momento, 73% das pequenas e médias empresas que migraram optaram por esse formato, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Fonte: (CanalEnergia).
Quais são as particularidades do modelo varejista?
O modelo varejista é especialmente vantajoso porque retira do consumidor as responsabilidades técnicas e administrativas, como adesão à CCEE e gestão financeira das operações, passando a integrar as obrigações da comercializadora varejista.
Nesse sentido, para os consumidores, o principal benefício é a possibilidade de economizar em relação ao mercado cativo, aproveitando tarifas mais competitivas e a negociação de contratos sob medida, além da oportunidade de utilizar energia renovável. Isso também fortalece a participação no mercado de fontes limpas e contribui para a modernização do setor elétrico brasileiro.
A previsão é que a adesão ao mercado livre continue a crescer nos próximos anos, impulsionada pelo modelo varejista, que democratiza o acesso a esse mercado e viabiliza a entrada de um número cada vez maior de empresas.
A escolha da comercializadora varejista impacta a economia no MLE?
Sim, a comercializadora varejista que você escolhe pode impactar diretamente o nível de economia na sua migração para o Mercado Livre de Energia. Isso porque cada comercializadora tem diferentes estratégias de compra, gerenciamento de riscos e estruturas de tarifas. Aqui estão alguns fatores que influenciam essa variação:
Capacidade de Negociação: Algumas comercializadoras têm mais poder de negociação no mercado, o que pode resultar em contratos com preços mais competitivos.
Estratégia de Compra de Energia: Comercializadoras com uma estratégia de compra mais eficiente conseguem adquirir energia em momentos mais favoráveis, repassando essa economia para os clientes.
Gestão de Riscos: A capacidade da comercializadora de gerir flutuações no preço da energia pode impactar diretamente os custos. Uma empresa que sabe mitigar riscos de mercado pode oferecer contratos mais estáveis e vantajosos.
Serviços Agregados: Algumas comercializadoras oferecem pacotes que incluem gestão de encargos, consultoria energética e otimização do consumo, o que pode aumentar ou diminuir o custo final, dependendo das necessidades da sua empresa.
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Fontes:
Portal GOV | Portaria nº 50
Como escolher uma comercializadora
CanalEnergia