Mais de 17,5 empresas paulistas já poderiam migrar para o mercado livre
Mercado Livre de Energia - 20/01/2022
Prime Energy
Realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), estudo revelou que no estado de São Paulo existem mais de 17,5 mil UCs (Unidades Consumidoras) aptas a fazer parte do mercado livre de energia, mas que permanecem sendo abastecidas pelo mercado regulado.
Esses consumidores seriam empresas de grande e médio porte, como indústrias, shoppings ou redes de supermercados, que, sozinhas ou em conjunto, atingem a carga acima de 500kW exigida hoje para adesão ao Ambiente de Contratação Livre (ACL).
O ACL é um modelo que permite a negociação direta de contratos com fornecedores e, assim, uma otimização de custos, além de adequações conforme necessidades individuais. De acordo com o estudo, somente no estado de São Paulo, cerca de 8,7 mil UCs já estão integradas ao mercado livre. Figuram entre aqueles que estão aptos, mas ainda não fizeram a migração, clientes que estão na faixa de consumo comercial, seguidos por poder público, industrial, serviço público e rural.
Na avaliação de Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, para que essas entidades migrem para o mercado livre, é preciso haver maior oferta de modelos de contrato que assegurem uma tarifa mais barata, simples e com baixo risco ao consumidor.
“Esses grupos não possuem equipes especializadas em gestão de compra e venda de energia, então precisam de todo o apoio possível nessa transição, bem como no dia a dia da operação no mercado e no gerenciamento dos contratos”, declara a executiva. A CCEE defende o desenvolvimento da categoria de comercializador varejista, que pode intermediar a negociação e tornar o processo menos burocrático e mais seguro.