Exigências para consumidores livres diminuirão em julho
Conteúdos - 30/06/2019
Research
Em 1º de julho, os consumidores com carga de 2,5 MW ou superior poderão consumir energia de fonte convencional. A mudança é interessante, pois, até então, isso era permitido para cargas acima de 3 MW. Essa é a primeira flexibilização do mercado livre de energia – o que acompanha a tendência mundial de aumentar o poder de escolha para os consumidores. Em 1º de janeiro de 2020, haverá outra redução, para 2 MW.
Essas mudanças diminuirão a reserva de mercado das fontes incentivadas. Hoje, os geradores de fontes, como PCH, biomassa, eólica e solar, têm um mercado exclusivo, que obriga os consumidores com cargas entre 0,5 MW e 3 MW a comprarem sua energia.
Estima-se que a busca por energia limpa seja a tendência entre as empresas. Apesar de geralmente haver redução dos custos, mesmo que as contas não mudem, algumas corporações estão mais sensíveis às demandas da sociedade, que valoriza cada vez mais negócios ambientalmente sustentáveis. Entrar para o mercado livre permite que as empresas já conquistem a certificação de energia renovável. Algumas companhias internacionais, como Honda, Heineken, Ambev, L’Óreal, já têm exigências por consumir energia renovável em suas filiais.
Projetos de fonte solar e eólica têm sido os mais buscados, e novas formas de financiamento vêm se apresentando ao mercado. Conforme as regras do mercado livre sejam flexibilizadas, o swap de energia incentivada para convencional vai abrir espaço para que empresas menores acessem o mercado de energia renovável.